Rússia frustra conspirações ucranianas para matar oficiais superiores com bombas disfarçadas

Kremlin em Moscou. Foto: Ana Paula Hirama/2013/https://www.flickr.com/photos/anapaulahrm/10563681734
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O Serviço Federal de Segurança da Rússia disse nesta quinta-feira que frustrou vários planos dos serviços de inteligência ucranianos para matar oficiais russos de alta patente e suas famílias em Moscou usando bombas disfarçadas de baterias ou pastas de documentos.

Em 17 de dezembro, o serviço de inteligência SBU da Ucrânia matou o tenente-general Igor Kirillov, chefe das Tropas de Proteção Nuclear, Biológica e Química da Rússia, em Moscou, do lado de fora de seu prédio, detonando uma bomba acoplada a uma scooter elétrica.

Uma fonte do SBU confirmou à Reuters que a agência de inteligência ucraniana estava por trás do ataque. A Rússia disse que o assassinato foi um ataque terrorista da Ucrânia, com a qual está em guerra desde fevereiro de 2022, e jurou vingança.

“O Serviço Federal de Segurança da Federação Russa impediu uma série de tentativas de assassinato de militares de alta patente do Ministério da Defesa”, disse o FSB.

“Quatro cidadãos russos envolvidos na preparação desses ataques foram detidos”, disse em um comunicado. O FSB, o principal sucessor da KGB da era soviética, disse que os cidadãos russos foram recrutados pelos serviços de inteligência ucranianos.

Um dos homens recuperou uma bomba disfarçada de carregador portátil em Moscou, que seria fixada com ímãs no carro de um dos principais funcionários do Ministério da Defesa, disse o FSB. Outro homem russo foi encarregado de reconhecer altos oficiais de defesa russos, segundo o comunicado, com um plano envolvendo a entrega de uma bomba disfarçada de pasta de documentos.

“Um dispositivo explosivo disfarçado de carregador portátil (bateria portátil), com ímãs acoplados, teve que ser colocado sob o carro oficial de um dos principais líderes do Ministério da Defesa da Rússia”, disse. A data exata dos ataques planejados não estava clara, embora um dos suspeitos tenha dito que recuperou uma bomba em 23 de dezembro, de acordo com o FSB.

A TV estatal russa mostrou o que disse serem imagens de alguns dos suspeitos que admitiram ter sido recrutados pela inteligência ucraniana para atentados contra autoridades do Ministério da Defesa russo.

Moscou responsabiliza a Ucrânia por uma série de assassinatos de alto nível em seu território, projetados para enfraquecer o moral – e diz que o Ocidente está apoiando um “regime terrorista” em Kiev.

A Ucrânia, que diz que a guerra da Rússia contra ela representa uma ameaça existencial ao estado ucraniano, deixou claro que considera esses assassinatos seletivos uma ferramenta legítima.

Darya Dugina, a filha de 29 anos de um proeminente nacionalista russo, foi morta em agosto de 2022 perto de Moscou. O New York Times relatou que as agências de inteligência dos EUA acreditam que partes do governo ucraniano autorizaram o assassinato.

Autoridades dos EUA mais tarde advertiram autoridades ucranianas sobre o assassinato, disse o Times. A Ucrânia negou ter matado Dugina.


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