O sindicato da Polícia da França envia uma carta aberta a Macron: “devemos fechar os 600 territórios perdidos da República, inclusive com o reforço do Exército”
O sindicato também menciona que o governo devera empregar o modelo do Brasil e das Filipinas nos esforços de combate ao narcotráfico, que na França também já são consideradas como uma eventual narcoguerrilha urbana em seu apoio ao terrorismo islâmico assimétrico/híbrido.
Senhor Presidente da República,
Com 12 dias de intervalo, um colega foi assassinado por um terrorista islâmico em Rambouillet, enquanto ontem um segundo oficial foi morto a tiros em Avignon por um membro de uma gangue de traficantes de drogas.
O tempo para belas cerimônias de homenagem acabou. Você tem que passar das velas para a ação política. Não é com lágrimas que travamos uma guerra.
Você diz que está lutando pelo direito a uma vida pacífica, mas essa luta não pode ser vencida com palavras.
A polícia e os gendarmes não podem se defender por causa de um texto sobre legítima defesa que é muito vago, deixando o campo aberto a todas as interpretações judiciais.
As permanentes agressões policiais orquestradas pela mídia e pela população dificultam consideravelmente nossa ação.
No final da cadeia, a falência do judiciário destrói nosso trabalho investigativo.
Os franceses não acreditam mais em sua justiça. A demonstração para exigir justiça para Sarah Halimi é uma prova viva disso.
A população já não confia nos nossos serviços e arma-se para se defender dos criminosos. Os acontecimentos de Stalingrado (Paris) são apenas um exemplo entre muitos.
Se você não deseja encerrar seu mandato com o pior histórico de segurança da história moderna, nosso sindicato policial o convida a recorrer ao disposto na Lei nº 55-385, de 3 de abril de 1955.
No âmbito do estado de emergência, é necessário fechar os 600 territórios perdidos da República, inclusive com o reforço do Exército, controlando e limitando as entradas e saídas dessas áreas por postos de controle no modelo israelense de separação implementado com os territórios palestinos.
Ao mesmo tempo, com o recurso ao 49-3, é urgente a adoção de uma reforma da legítima defesa da polícia e dos guardas que lhes permita abrir fogo quando um fugitivo não cumpre ou são alvo de morteiros e fogos de artifício ou jatos de coquetéis molotov.
Nosso sindicato policial recomenda que você se inspire no modelo brasileiro e filipino na luta contra o narcoterrorismo.
Os presidentes Bolsonaro e Duterte alcançaram excelentes resultados ao dar carta branca à polícia para retomar o controle das áreas sem lei.
A hora não é mais a mesma. Não pode haver compromisso com terroristas e traficantes de drogas. Hesitações, relutância política e outras procrastinações beneficiam os narcoterroristas.
Certos de sua determinação de não abandonar definitivamente nossa Nação nas mãos dos traficantes, receba, Senhor Chefe de Estado, a expressão do meu mais profundo respeito republicano.
Michel Thooris, secretário-geral da Polícia da França – Sindicato de policiais furiosos.
Polícia da França
Fonte: SYNDICAT FRANCE POLICE – POLICIERS EN COLÈRE/Sindicat de Police de France, https://france-police.org/, via redação Orbis Defense Europe.
Referências: