A Rússia disse no domingo que os Estados Unidos negaram vistos a jornalistas que queriam cobrir a viagem do ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, a Nova York, e Lavrov sugeriu que Moscou tomaria fortes medidas de retaliação.
Não houve comentários imediatos do Departamento de Estado dos EUA sobre a alegação de vistos recusados. Os jornalistas pretendiam cobrir a aparição de Lavrov nas Nações Unidas para marcar a presidência da Rússia no Conselho de Segurança.
Geralmente a troca de colaboração neste setor é vista por todas as nações, inclusive àquelas que possuem atritos diplomáticos, mas a decisão de Washington surpreendeu Moscou.
Como retaliação à prisão do jornalista americano, Evan Gershkovich, em 29 de março em Moscou, acusado de espionagem, os Estados Unidos não emitiram vistos para jornalistas russos que acompanham geralmente as delegações oficias russas nas reuniões das Nações Unidas, especialmente após a Rússia assumir a presidência do Conselho de Segurança da ONU.
“Um país que se autodenomina o mais forte, mais inteligente, livre e justo se acovardou e fez algo estúpido ao mostrar o que realmente valem suas garantias juramentadas sobre a proteção da liberdade de expressão e do acesso à informação”, disse Lavrov antes de deixar Moscou no domingo.
“Tenha certeza de que não esqueceremos e não perdoaremos”, disse ele.
“Enfatizo que encontraremos maneiras de responder a isso, para que os americanos se lembrem por muito tempo de não fazer isso”, disse o vice-chanceler Sergei Ryabkov.
Moscou alertou que a vida de Evan Gershkovich não será fácil a partir de agora, e que a situação do espião está muito difícil.
