A história do caça brasileiro A-29 Super Tucano iniciou em 1988, quando a empresa brasileira Embraer e a Força Aérea Brasileira elaboraram um plano de criação de uma plataforma de combate aérea mais poderosa que se encaixasse no padrão leve do caça EMB-312 Tucano e que pudesse ser utilizada em operações de contrainsurgência e vigilância, principalmente na Amazônia, por meio do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM).
Foi então que surgiu uma nova linha de caça leve de apoio ao solo, de vigilância, treinamento e interceptação EMB-314 Super Tucano, denominado de A-29 Super Tucano.
Pela sua excelência em combate, o A-29 passou a integrar as fileiras de aeronaves da Força Aérea Afegã a fim de combater insurgentes no Afeganistão, e recebeu elogios sobre seu desempenho no teatro como uma plataforma que apoia tropas terrestres, e caminhava para ser um dos principais concorrentes a substituir os mortais A-10 Thunderbolt e F-16 dos EUA nas funções de apoio aéreo próximo.
Em 2014, a empresa americana de aviação Sierra Nevada Corp e a Embraer Defesa & Segurança apresentaram a primeira aeronave de apoio aéreo leve A-29 Super Tucano construída dentro dos Estados Unidos em uma cerimônia de lançamento conjunto com a Força Aérea Americana e autoridades do governo, indústria e representantes da comunidade e meios de comunicação.
Como um dos requisitos em adquirir o caça brasileiro nas fileiras aéreas americanas, estava a fabricação total dentro dos EUA.
Na época, o caça foi o primeira de 20 que estavam sendo entregues à Força Aérea com base no programa Apoio Aéreo Leve da USAF para apoiar a estabilidade do Afeganistão, pois assume maior responsabilidade pela segurança com a redistribuição das forças da OTAN.
Com a fabricação dentro dos EUA pela Sierra Nevada, passou a fornecer aos aliados e aos EUA uma aeronave superior, treinamento excepcional e suporte especializado e manutenção para o programa, e no dia 31 de março, a empresa anunciou a entrega final da terceira aeronave A-29C Super Tucano ao Comando de Operações Especiais da Força Aérea dos EUA (AFSOC).
Os dois primeiros A-29Cs, entregues neste ano, já estão realizando operações de treinamento com o Comando de Operações na Base Aérea de Hurlburt, na Flórida.
Recordando o cenário, como padrão ouro para aeronaves de ataque leve, combate e reconhecimento, o A-29C é construído nos EUA pela Sierra e sua parceira, a Embraer, bem como é contratada para fornecer equipamentos de apoio em terra, treinamento de pilotos, suporte logístico contratado, peças de reposição e sustentação para o programa do Comando de Operações da USAF.
Sua versatilidade e capacidade de simular missões de combate e fazer upload e download de dados de voo o tornam uma plataforma de treinamento eficaz. Alimentado por um motor Pratt & Whitney PT6A-68C, a aeronave pode atingir uma velocidade máxima de 593 km/h e subir a altitudes de 10.668 metros (35.000 pés). Ele também pode cobrir distâncias de 3.055 km.
Nessas capacidades e com uma linha de produção ativa, o A-29 tem baixos custos de ciclo de vida, o A-29C pode fazer a transição facilmente no campo de batalha para aprimorar o suporte aos combatentes e fornecer recursos há muito esperados para aqueles que estão no solo.
Com a retirada das tropas americanas e o fim das Forças Armadas Afegãs regulares no Afeganistão, após o governo ser tombado pelos terroristas com os EUA somente observando, o Comando de Operações poderá utilizar o caça em situações diferentes e além do Oriente-Médio, seja para avaliação, treinamento, aconselhamento, assistência e acompanhamento das forças de aviação das nações parceiras no emprego do poder aéreo, sustentação e integração de forças.
O A-29 Super Tucano é um avião turboélice versátil, com design durável e trem de pouso robusto, que permite decolar e pousar em locais que não possuem pistas pavimentadas. É uma plataforma flexível que pode realizar uma ampla gama de missões.
A nova versão A-29 Comando de operações é capaz de transportar vários sensores e armas. Isso inclui um sistema eletro-óptico/infravermelho, que fornece consciência situacional durante o dia e à noite. Ele também possui um pacote de link de dados que permite a coleta e o compartilhamento de informações cruciais. Para ter sucesso em cenários de combate, pode ser equipado com armamento que inclui munições guiadas com precisão e metralhadoras.
Se em 2014 o Super Tucano conquistou um excelente histórico de desempenho com mais de 230.000 horas de voo e 31.000 horas de combate, neste ano de 2022 alcançou uma marca importante. Nas últimas semanas, o Super Tucano atingiu 500.000 horas de voo e acumulou mais de 60.000 horas em combate.
Na verdade, é a única plataforma avançada de turboélices de ataque leve, reconhecimento e treinamento atualmente em produção com capacidades de combate comprovadas em todo o mundo.
Atualmente, o A-29 Super Tucano está em serviço com mais de 15 forças aéreas em todo o mundo, incluindo a Força Aérea dos EUA (USAF) e vários países da América Latina, como Brasil, Chile, Colômbia, Equador e República Dominicana.