Mísseis caíram sobre instalações de energia ucranianas na última quinta-feira, 17 de novembro, quando as forças russas intensificaram os ataques no leste da Ucrânia, reforçados por tropas militares retiradas da cidade de Kherson, no sul, que Kiev passou a controlar na semana passada.
Explosões ressoaram em cidades como a capital Kiev, o porto de Odesa, no sul, a cidade central de Dnipro e a região sudeste de Zaporizhzhia.
“A punição por todas as atrocidades russas – presentes e passadas – será inevitável”, escreveu o presidente Volodymyr Zelenskiy no Twitter, quando chegou a notícia de que um tribunal holandês decidiu que um avião de passageiros abatido no leste da Ucrânia em 2014 foi atingido por um míssil de fabricação russa.
O tribunal condenou dois ex-agentes da inteligência russa e um líder separatista ucraniano à prisão perpétua pela queda do voo MH17 da Malaysian Airlines em 17 de julho de 2014, matando todos os 298 passageiros e tripulantes.
O tribunal também disse que a Rússia tinha “controle total” das forças separatistas no leste da Ucrânia na época.
Energia crítica
Quando a primeira neve do inverno caiu em Kyiv, as autoridades disseram que estavam trabalhando para restaurar a energia em todo o país depois que a Rússia desencadeou no início desta semana o que a Ucrânia disse ser o bombardeio mais pesado de infraestrutura civil da guerra de nove meses.
Zelenskiy postou imagens de vídeo, aparentemente tiradas de uma câmera de carro, mostrando uma grande explosão no Dnipro que enviou chamas e fumaça preta para o céu.
Pelo menos 15 pessoas ficaram feridas em Dnipro, três ficaram feridas na cidade de Kharkiv, no nordeste do país, e pelo menos uma ficou ferida em Odesa, disseram autoridades.
A empresa estatal de energia Naftogaz disse que as instalações de produção de gás no leste da Ucrânia foram danificadas ou destruídas. Outros locais atingidos incluíram a enorme fábrica de defesa Pivdenmash em Dnipro.
O escritório humanitário das Nações Unidas (OCHA) alertou para uma grave crise humanitária na Ucrânia neste inverno, com milhões enfrentando “constantes cortes de energia”.