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Uma lenda viva com uma história trágica

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O assunto “A foto mais reconhecida da National Geographic” está novamente nas manchetes, mas não como esperávamos.

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Foto: National Geographic A garota afegã

A foto conhecida como “Garota Afegã” circula há anos como uma das imagens mais cativantes do século. Ele apareceu publicamente pela primeira vez na capa da edição de junho de 1985 da National Geographic. A identidade da garota com olhar penetrante e olhos verdes vibrantes era anônima. Em 2002, o mundo conheceu sua identidade. Esta semana, em 2016, ouvimos notícias de sua recente prisão.

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Foto: National Geographic junho de 1985

Steve McCurry capturou a famosa foto em dezembro de 1984 em um campo de refugiados paquistanês para aqueles que buscam asilo do Afeganistão devastado pela guerra. Na época, a União Soviética era uma força sempre presente e a guerra estava acabando com a vida do povo afegão. McCurry estava lá documentando a situação. Ele conheceu a jovem e pediu permissão para fotografá-la. Mais tarde, ela se lembraria de ter ficado zangada com a presença do homem estranho. Ela concordou em ser fotografada. Seria a primeira fotografia tirada dela.

Em junho do ano seguinte, a foto sairia na capa da National Geographic e circularia em todo o mundo. Tornou-se conhecido como o mais reconhecido na história da revista. Com poucas informações, McCurry fez muitas tentativas fracassadas nos anos 90 para encontrar e identificar a jovem. Enquanto isso, a foto chamou muita atenção para o Oriente Médio devastado pela guerra. Diz-se que é a razão dos esforços de muitas pessoas para ajudar os refugiados.

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Foto: National Geographic 2002

Em 2002, com uma equipe da National Geographic, McCurry conseguiu localizar a garota da foto. O nome dela, Sharbat Gula. A jornada para encontrá-la foi exaustiva. Enquanto a equipe pesquisava aqueles que ainda viviam no campo de refugiados paquistaneses, muitas mulheres se apresentaram alegando que eram o assunto. Muitos homens anunciaram falsamente que a foto era de suas esposas. Eventualmente, com a confirmação de Thomas Musheno, um examinador forense do Federal Bureau of Investigation em Washington, DC e a ajuda do irmão de Sharbat, a equipe a localizaria nas montanhas do Afeganistão, de acordo com a National Geographic. Ela voltou para lá em 1992. A jornada deles está documentada no longa de televisão de 2002 Procure a garota afegã.

Sharbat Gula nunca tinha visto a foto dela mesma. Dezessete anos se passaram quando McCurry explicou a ela a fama que havia adquirido. Sharbat não entendia por que ou como a imagem era considerada tão poderosa. Ela agora era uma esposa devota e mãe de três meninas, Robina, Zahida e Alia. Uma quarta filha foi perdida na infância. A vida tinha sido difícil, infinitamente afetada pela guerra. Cathy Newman relatou em um artigo de 2002 no Nat Geo: “Sharbat nunca conheceu um dia feliz, diz seu irmão, exceto talvez o dia de seu casamento”.

Não foi até aquele encontro com McCurry que ela seria fotografada novamente. Com a permissão do marido, ela tirou o hijab e McCurry tirou sua segunda foto. O mistério da garota afegã foi resolvido. A história logo perderia força e a foto original permaneceria mais famosa, agora com uma identidade anexada.

É um equívoco comum que a fama se traduz em sucesso e bem-estar. Este não é o caso de Sharbat. Sua vida é uma prova de que o mero reconhecimento não é garantia de uma vida fácil. A foto de Sherbet influenciou o mundo, e o mundo desejou o melhor para ela.

Avanço rápido para os dias atuais e as notícias de Sharbat Gula surgiram novamente. Ela foi presa e acusada de falsificar documentos para se apresentar como cidadã paquistanesa. Mais uma vez, ela encontrou refúgio longe de sua terra natal, o Afeganistão. O Paquistão estabeleceu um prazo para que os refugiados afegãos precisassem deixar o país e atualmente está reprimindo as falsas reivindicações de cidadania.

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Foto: Prisão de Sharbat em 2016 pelo New York Times

É relatado que Sharbat pretendia voltar para casa, mas foi atrasada com a notícia de que sua aldeia natal foi afetada pelo ISIS. Ela enfrenta uma sentença de 7 a 14 anos de prisão e multa entre US$ 1.000 e US$ 5.000, segundo a agência de notícias Dawn. Seu destino ainda não foi determinado e, mais uma vez, o mundo observa.



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