URGENTE!! Rússia recebe respostas por escrito dos EUA, mas permanecerão sigilosas. Saiba tudo!

Rússia recebe respostas de suas reivindicações de meados de dezembro do ano passado, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia confirmou há poucas horas ter recebido a resposta por escrito dos EUA às propostas de segurança apresentadas por Moscou em dezembro do ano passado.

De acordo com os fatos, na data de hoje, 26 de janeiro, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, recebeu o embaixador dos EUA John Sullivan após solicitação do americano, apresentando as respostas oficias dos EUA.

Buscando colocar os projetos de resolução em prática o mais rápido possível, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, realizouuma entrevista coletiva ainda no final desta quarta-feira e abordou os acordos que serão mantidos absolutamente em sigilo a pedido da Administração Biden.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, deu entrevista online agora há pouco, e destacou pontos importantes.

Segundo Stoltenberg, a Rússia cortou relações diplomáticas com a OTAN, o que dificultou o diálogo entre as partes. Para tanto, haverá a reabertura dos respectivos escritórios em Moscou e em Bruxelas.

Somada a abertura das salas oficiais, haverá pleno uso dos canais de comunicação militares para militares existentes, para promover a transparência e reduzir os riscos, e buscar também a criação de uma linha direta civil para uso emergencial.

Outra questão abordada foi a segurança europeia, incluindo a situação na Ucrânia e arredores.

Secretário Geral da OTAN Jens Stoltenberg

Pelo visto, a OTAN está preparada para ouvir as preocupações da Rússia e travar uma conversa real sobre como defender e reforçar os princípios fundamentais da segurança europeia de ambas as partes, começando pelo Ato Final de Helsínque.

Isso inclui o direito de cada nação de escolher seus próprios arranjos de segurança. A Rússia deve abster-se de postura de força coercitiva, retórica agressiva e atividades malignas dirigidas contra os Aliados e outras nações.

A Rússia também deve retirar suas forças da Ucrânia, Geórgia e Moldávia, onde são implantadas sem o consentimento desses países, e todas as partes devem se envolver de forma construtiva nos esforços para resolver conflitos, inclusive no formato da Normandia.

E por último, aredução de riscos, transparência e controle de armas. A história mostrou que o engajamento nessas questões pode proporcionar segurança real para todos.

Por isso, Stoltenberg salientou que “precisamos de medidas práticas que façam uma diferença real. Como primeiro passo, propomos briefings mútuos sobre exercícios e políticas nucleares no Conselho OTAN-Rússia”.

Deve-se também modernizar o Documento de Viena sobre transparência militar e trabalhar para reduzir o espaço e as ameaças cibernéticas, consultar sobre maneiras de prevenir incidentes no ar e no mar e buscar o compromisso internacional integralmente sobre armas químicas e biológicas.

As armas nucleares sempre foram pautas importantes, e Stoltenberg esclareceu que uma conversa séria deve ser o compromisso da relação de duas vias sobre controle de armas, incluindo armas nucleares e mísseis terrestres de alcance intermediário e curto.

Estas áreas representam uma agenda para um diálogo significativo, e a OTAN convidou os Aliados e a Rússia para uma série de reuniões para abordar todas estas questões em maior detalhe no Conselho OTAN-Rússia.

Os aliados estão prontos para se encontrar o mais rápido possível. Em todos os esforços da Aliança do Atlântico, continua a preocupação com a Ucrânia, bem como com outros parceiros da OTAN, incluindo Finlândia, Suécia, Geórgia e, claro, a União Europeia.

As respostas de Washington descrevem então uma lista de áreas gerais onde os EUA estão prontos para trabalhar com Moscou, incluindo controle de armas e maior transparência, bem como a colocação de sistemas de mísseis.

Autoridades russas haviam indicado anteriormente que suas propostas de segurança deveriam ser tomadas como um pacote, e que os EUA e a OTAN não podiam simplesmente escolher os pontos de que gostavam em um menu em um restaurante.

A Casa Branca indicou na terça-feira que os EUA não tornariam pública sua resposta às propostas russas. A Rússia manterá a resposta dos EUA em sigilo se solicitado a fazê-lo, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

Os projetos abrangentes de tratados exigem garantias escritas juridicamente vinculativas da Rússia de um lado e dos EUA e da OTAN do outro para não enviar tropas, aeronaves, navios de guerra e sistemas de mísseis em áreas onde possam ser considerados uma ameaça à segurança nacional do outro lado.

As propostas também exigem restrições firmes à implantação de armas nucleares russas e americanas no exterior. Os EUA e a Otan também são solicitados a assumir vários compromissos unilaterais, incluindo a promessa de não continuar a expansão da Otan para o leste, e descartar quaisquer planos de incorporar a Ucrânia ou qualquer outra ex-república soviética ao bloco.

Com informações complementares de Llya Tsukanov, Nota Oficial OTAN, Felipe Moretti

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Felipe Moretti
Felipe Moretti
Jornalista com foco em geopolítica e defesa sob registro 0093799/SP na Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. Especialista em análises via media-streaming há mais de 6 anos, no qual é fundador e administrador do canal e site analítico Área Militar. Possui capacidade técnica para a colaboração e análises em assuntos que envolvam os meios de preservação e manutenção da vida humana, em cenários de paz ou conflito.
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