“Vão pagar caro!”, França enviará cobrança de £45 BILHÕES à Austrália

Parece que a França quer adotar o status de “Xerife” da Europa.

A França não deveria ter se surpreendido com o cancelamento do mega contrato de venda de seu clássico e modernizado submarino da Classe Collins pela Austrália, já que as principais preocupações sobre atrasos, estouros de custos e adequação foram divulgadas oficial e publicamente durante anos.

Paris chamou de volta seus embaixadores da capital australiana Canberra e Washington, dizendo que foi pego de surpresa pela decisão dos australianos em quebrar contrato com os franceses e assumir negócio desafiador de compra de submarinos nucleares com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha.

Em audiências parlamentares australianas sobre o projeto do submarino francês da classe Collins, as autoridades levantaram alguns estranhos relatórios de superfaturamento.

Inicialmente, o projeto estava avaliado em US$ 40 bilhões e, mais recentemente, em US$ 60 bilhões, mesmo antes do início da construção.

Com base nesta quebra de negócios, a França elaborou um documento oficial de dívida jurídica que deve ser entregue à Austrália, vingança notável diante da quebra “brutal” e rejeição do contrato de submarino de £ 45 bilhões.

As autoridades muito próximas ao governo francês vazaram que o presidente Emmanuel Macron está recusando a receber ligações de seu homólogo australiano. Macron exala uma “raiva negra” após Austrália renegar o contrato em favor do pacto militar de AUKUS com a Grã-Bretanha e os Estados Unidos.

A empresa francesa Naval Group, foi a contratada do projeto encerrado, e a previsão era a construção de 12 submarinos movidos a diesel para a Austrália, e nas próximas semanas o Estado Francês deve enviar um documento oficializado de cobrança aos australianos no valor de £ 45 bilhões.

Certamente, o documento explicará que o contrato firmado em 2016 entre França e Austrália estipula, neste caso, que a Austrália deve honrar o pagamento dos custos incorridos e futuros, vinculados ao desmantelamento de infraestrutura e TI, bem como à redistribuição de funcionários.

A noite de 15 de setembro marcou uma traição contra os franceses, palavras ditas pelo próprio Macro.

Na ocasião, Biden, o australiano Morrison e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson revelaram que os australianos iriam descartar seu acordo com a França para se unir à Grã-Bretanha e aos EUA, formando uma nova aliança militar chamada “AUKUS”, extinguindo a compra dos submarinos Collins.

A Naval Group está insatisfeita, e está trabalhando arduamente com o governo de Macron para que seus direitos sejam cumpridos.

A empresa centenária, fundada em 1631, possui 60% de sua administração estatal, e já havia concluído € 900 milhões em obras nos submarinos, mas não sofreu perdas porque o trabalho foi coberto por pagamentos australianos já realizados anteriormente.

A França não fez qualquer movimento para reconstruir pontes com a Austrália, que disse ter optado por submarinos movidos a energia nuclear em vez de movidos a diesel devido à crescente preocupação com a situação de segurança no Indo-Pacífico, ou seja, a flexibilização militar da China.

As relações entre o francês Macron e Boris Johnson permanecem frias desde que o britânico brincou sobre o negócio do submarino dizendo em francês: “Me dê um tempo”.

Com o tom abertamente zombeteiro do primeiro-ministro, as relações entre as duas nações parecem caminhar na direção oposta.

Duas fontes diplomáticas francesas disseram que havia instruções para limitar os contatos com a Grã-Bretanha em prazo imediato.

Com a saída do Reino Unido da União Europeia, parece que a França quer adotar o status de “Xerife” da Europa, com Macron tomando a frente de muitas questões que não lhe são peculiares, e acusam a Grã-Bretanha de se projetar ao redor do mundo, enquanto marginaliza a Europa.

A crise mergulhou a França e os EUA em seu pior conflito diplomático desde a invasão do Iraque em 2003, liderada pelos EUA.

A crise entre as nações é de bilhões de dólares e não simplesmente apertar as mãos e tudo se resolve.

Os líderes das duas nações começaram a tentar consertar as coisas depois de um telefonema de Biden a Macron na noite de quarta-feira, 22 de setembro.

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, disse que “levaria tempo” para curar totalmente a atual relação.

Os EUA têm apenas uma preocupação estratégica agora: a China, precisa assim conter a ascensão vermelha ao poder superior, para não perder o status de maior potência bélica e econômico no pós 2ª Guerra Mundial, visando cortar alguns pontos de ancoragem do Cinturão Econômico de Xi Jinping, o financiamento vermelho em infraestruturas vitais de grandes nações e o controle de empresas estratégicas ao redor do mundo, como no Panamá.

Com informações complementares Reuters, Telegraph UK, NYT, Felipe Moretti

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