Jerusalém Oriental foi palco de confrontos entre palestinos e a polícia israelita, pela terceira noite consecutiva. Dezenas de pessoas ficaram feridas.
Os tumultos ocorreram apesar do Supremo Tribunal de Israel ter adiado a decisão sobre o despejo de mais de 70 palestinos de um bairro da Cidade Santa.
Teme-se que os tumultos voltem às ruas pois está prevista, para esta segunda-feira, 10 de maio, a Marcha anual do Dia de Jerusalém onde se prevê a passagem se jovens sionistas por zonas muçulmanas.
O evento assinala a captura de Israel de Jerusalém Oriental, e dos locais sagrados, em 1967. A passeata é considerada por muitos palestinos como uma provocação.

Depois de uma reunião do Conselho de Ministros, Benjamin Netanyahu, sublinhou que Israel não permitirá “que nenhum elemento radical prejudique a calma em Jerusalém”.
Será imposta “de forma decisiva e responsável, a lei e a ordem.” O primeiro-ministro israelita defendeu que a liberdade de religião, para todas as religiões, continuará a ser mantida, mas não serão permitidos “tumultos violentos” e deixou um aviso: “Israel reagirá com força a cada ato de agressão proveniente da Faixa de Gaza”.
Nos últimos dias, centenas de pessoas ficaram feridas em confrontos perto da mesquita de Al-Aqsa, na Cidade Velha.
Al Aqsa mosque is under attack right now, israeli forces injure hundreds of Palestinians turning Al Aqsa courtyards into war zones during the holy month of Ramadan in Jerusalem #القدس_ينتفض #Jerusalem pic.twitter.com/13Ucp9j0Yt
— fadel 𓂆 (@fadelmoghrabi) May 10, 2021
Neste twitter acima é possível observar a confusão e as ações das autoridades locais.
A violência por parte dos palestinos e as ações das autoridades foram temas de repúdio de vários países e organizações internacionais. A União Europeia, os EUA e as Nações Unidas incitaram Israel a travar a expansão dos colonatos.
A vizinha Jordânia, guardiã dos locais sagrados muçulmanos em Jerusalém Oriental, condenou as ações da polícia israelita, classificando-as como “bárbaras”.
Centenas de jordanos manifestaram-se, no domingo, em Amã em protesto contra Israel e exigindo a deportação do embaixador israelita.
EuroNews, via Redação Área Militar