A situação está cada vez mais séria sobre o material radioativo furtado na zona leste de São Paulo.
Isso porque a blindagem composta por chumbo e outros metais para isolar o material radioativo furtado em SP foi localizada SEM o material no interior.
Mais uma parte dos objetos furtados em São Paulo foi localizada na tarde de sábado (6) na capital paulista.
Desta vez, foi encontrada, no bairro de Itaquera, ainda na zona leste, uma blindagem de um dos geradores radioativos. O gerador, no entanto, não estava dentro da blindagem e continua desaparecido. As informações são da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
Os bombeiros fizeram uma medição de radioatividade no local com um detetor Geiger, mas não foi observada nenhuma taxa, o que indica que o material radioativo não está presente na área. O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipe foi acionado para averiguar o local).
De acordo com nota oficial divulgada em 5 de junho pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão regulador brasileiro vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, um veículo especializado no transporte de produtos radioativos da empresa Medical Armazenagem Logística e Distribuição Ltda, com sede em São Paulo, foi furtado no dia 30 de junho na cidade de São Paulo.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), a Polícia Civil confeccionou um boletim de ocorrência manifestado pela empresa responsável pelo veículo.
O veículo, marca/modelo VW saveiro, que continha um gerador de 68Ge/68Ga e 4 unidades de blindagens de geradores de 99Mo/99mTc exauridos, foi furtado entre 29 e 30 de junho na Zona Leste de São Paulo.
A impressão é que todo o caso está sendo tratado com naturalidade pelo meio público, no entanto, a situação não é nada amistosa, o material possui periculosidade para a saúde humana e estabilidade do meio ambiente, sendo classificado como Categoria 4 de acordo com o Código de Conduta em Segurança de Fontes Radioativas da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA).
No entanto, a manipulação incorreta e exposição pode trazer graves problemas, como ocorreu no caso do Césio-137 em Goiânia, no Estado de Goiás, o maior acidente radiológico da história do Brasil e que afetou mais de mil pessoas.
Na época, em 13 de setembro de 1987, dois catadores de recicláveis retiraram e desmontaram parte de um aparelho protegido por chumbo que não havia sido descartado de forma correta. O objeto foi então vendido a um ferro-velho, onde mais pessoas terminaram de desmontá-lo, contaminando centenas de pessoas.
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