Deu início nesta terça-feira (9) a cúpula da OTAN há muito tempo planejada para celebrar o 75º aniversário da aliança fundada em 1949, para garantir apoio militar de longo prazo à Ucrânia e até mesmo para proteger o Ocidente contra um possível segundo mandato de Donald Trump.
O lobby contra Trump é tão grande que muitos políticos e participantes da Aliança esquecem quem são e para quê vieram até Washington.
Ninguém esperava que a reunião em Washington que deve acontecer até o dia 11 de julho se transformasse em um teste público da saúde e capacidade mental do presidente Joe Biden, de 81 anos, com sua campanha de reeleição enfrentando um momento existencial após seu desempenho desastroso no debate contra o favorito Donald Trump.
A liderança de Biden na OTAN e a tábua de salvação para a Ucrânia após a invasão da Rússia fazem dele o mais significativo administrador presidencial da aliança desde o presidente George H. W. Bush com o seu programa de Guerra ao Terror. Mas suas conquistas, incluindo a entrada da Suécia e da Finlândia no grupo, serão eclipsadas na cúpula por sua batalha para salvar seu futuro político.
No entanto, a questão da entrada da Finlândia e Suécia, analistas creditando ao governo Biden, mas tudo foi graças ao empenho e desempenho do ainda secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, que estendeu o seu madato para mais um ano visando cumprir a adesão das duas nações nórdicas.
Cada passo que Biden der, cada gesto que fizer e cada palavra que proferir estarão sob intenso escrutínio, especialmente em momentos improvisados, depois que a imagem de um comandante-chefe envelhecido e às vezes incoerente foi gravada na mente de 50 milhões de telespectadores no debate da CNN em Atlanta no final do mês passado.
Um presidente mais velho que a própria aliança estará sob enorme pressão para mostrar vigor e clareza mental em uma coletiva de imprensa solo na quinta-feira. Qualquer indício de confusão ou fraqueza pode desencadear uma nova rodada de pânico entre os democratas e descarrilar o esforço agressivo de Biden para reprimir as conversas sobre ele abandonar sua campanha.
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