Autoridades russas admitem em particular que suas chances de impedir uma saída da Armênia da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO) liderada por Moscou são pequenas, disseram dois funcionários russos, um diplomata russo atual e um aposentado e um ex-funcionário da CSTO ao The Moscow Times.
Enquanto a Rússia procura evitar perder um de seus aliados militares mais próximos e um golpe em seus interesses na região, as autoridades em Moscou entendem que quanto mais tempo a fenda entre Yerevan e Moscou durar, menor a probabilidade de que o primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, fuja desta decisão.
A Aliança CSTO é um grupo de defesa composto por nações da região euroasiática e liderada pela Rússia que busca a proteção militar e territorial, uma espécie de OTAN do Oriente.
Nos últimos meses a Armênia e a Rússia vêm travando uma batalha política que fez o Azerbaijão avançar sobre algumas áreas em disputa de Nargorno-Karabakh e afastar completamente mais de 100 mil armênios da região.
Esta ação não foi muito bem aceita por Yerevan que acusou Moscou de omissão por não cumprir com os artigos da Aliança sobre proteção de seus membros, deixando Baku (capital azeris) livre para impor suas vontades à força contra o povo armênio.
Com isto, Yerevan se aproximou da União Europeia e agora surgem boatos da aproximação com a OTAN, narrativas que podem estar sendo produzidas por russos para influenciar nas decisões do Cáucaso e impor atritos no País, afastando-o da OTAN.
Foto: Kremlin
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