Mais Fuzileiros Navais Venezuelanos são enviados para Apure após militares serem mortos nas últimas 72 horas

Nas últimas 72 horas as Forças Armadas Bolivarianas travaram um intenso combate sangrento com grupos armados irregulares colombianos, resultando em baixas

De acordo com um comunicado oficial do Ministério da Defesa Venezuelano, as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas nas últimas 72 horas travaram um intenso combate sangrento com grupos armados irregulares colombianos, caracterizados como dissidentes das Forças Revolucionárias da Colômbia – FARC – especificamente em setores desabitados a oeste de La Victoria, município de Páez no estado de Apure; como parte da operação Escudo Bolivariano 2021, que começou em 21 de março de 2016.

FN bolivarianos se preparando para o deslocamento até Apure.

Em tais confrontos foi infligido um número significativo de vítimas do lado dos dissidentes paramilitares, conseguindo a destruição de instalações provisórias que pretendiam utilizar para suas atividades criminosas; da mesma forma, foram captados diversos assuntos que estão fornecendo informações valiosas para ações futuras das Forças Bolivarianas.

O comunicado segue destacando algumas baixas entre os Fuzileiros Navais Bolivarianos, oficialmente chamados de Infantería de Marina Bolivariana (IMB).

Base fronteiriça de La Charca em Apure com soldados feridos.

“Infelizmente, alguns de nossos soldados também morreram, cujos corpos estão sendo identificados por meio da autópsia correspondente; Da mesma forma, outros ficaram feridos e recebem os devidos cuidados médicos na rede militar e de saúde pública. Exaltamos a coragem, a honra e o amor patriótico de tão ilustres militares, que ofereceram e continuam arriscando suas vidas em defesa da soberania e integridade territorial da nação”, seguiu a nota do Ministério da Defesa.

Mapa da região de fronteira entre Apure e Colômbia, às margens do rio Arauca e Apure

A imagem abaixo da base fronteiriça de La Charca em Apure, mostra soldados que sofreram emboscadas e estavam se dirigindo ao atendimento especializado de saúde, alguns dos soldados desapareceram por dias antes de finalmente chegarem feridos na base.

Segundo Caracas, “é imperativo lembrar que essas organizações criminosas e terroristas atuam com o apoio da poderosa estrutura de financiamento à disposição da oligarquia colombiana, que tem o nefasto propósito de exportar para nosso país seu modelo de drogas paramilitares, especialmente no eixo fronteiriço, a fim de criar um território difuso que sirva de base para gerar desestabilização”.

“Reiteramos a firme decisão de consolidar um estado de Apure absolutamente livre, devolvendo paz e tranquilidade aos habitantes da região. Nesse sentido, por ordens precisas do cidadão Nicolás Maduro Moros, Presidente Constitucional da República Bolivariana da Venezuela, nosso Comandante em Chefe, continuaremos e intensificaremos as operações militares que nos permitirão neutralizar qualquer reduto desses criminosos, a quem nós vai lutar incansavelmente com as forças morais e materiais até a sua expulsão total e derrota final”, encerrou o comunicado.

FN concentrados para Apure

De acordo com a jornalista Beatriz Galindo, os nomes dos soldados mortos já foram divulgados, eles sofreram várias emboscadas de dissidentes das FARC, ao todo são 9 soldados venezuelanos mortos e outros feridos mais gravemente.

Comandante Remigio Ceballos

O comandante do Comando de Operações Estratégicas das Forças Armadas Bolivarianas (CEOFANB), Remigio Ceballos, visitou Guasdualito em Apure, pois mais soldados estão sendo enviados após as baixas sofridas nos últimos dias.

Uma sequência de vídeos publicado por um professor universitário venezuelano mostra produtores agrícolas locais efetuando o resgate de militares bolivarianos mortos no setor de La Capilla após um conflito com as FARC (1º vídeo).

Ao que parece, os militares sofreram uma emboscada na sexta-feira, 23 de abril, após dois 2 helicópteros das Forças Armadas Bolivarianas liberarem 38 soldados no local, sendo terrivelmente atacados pela 10ª frente paramilitar das FARC (2º vídeo).

Todos esses detalhes de cidadãos venezuelanos contradizem o comunicado oficial do governo venezuelano de que somente nove (9) militares morreram. Vários dos 38 soldados ficaram ali sem proteção adicional e por vários dias feridos, bem como caminharam para lugares como um lago próximo, outros foram mortos no local.

Paz das FARC contestada!

Centenas de pessoas esperançosas de diversas localidades do mundo se concentraram em Cartagena, na Colômbia, no dia 26 de setembro de 2016, para acompanhar um encontro que mudaria a História da nação.

Vestidos com camisa de linho branca típica do Caribe (guaiabeiras), o presidente colombiano na época, Juan Manuel Santos, e o comandante das FARC, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, assinaram um Acordo de Paz que selaria 56 anos de conflito armado da guerrilha na Colômbia.

REUTERS/John Vizcaino/File Photo TPX IMAGES OF THE DAY

Os cerca de 13 mil guerrilheiros que aderiram ao acordo entregaram 8.994 armas à Organização das Nações Unidas (ONU) e entraram em processo de desmobilização, numa transição gradual para a vida civil.

No futuro, tanto os dissidentes das FARC quanto o Exército de Libertação Nacional da Colômbia (ELN) terão que ser enfrentados, incluindo os grupos criminosos locais de El Coqui, Tren de Aragua, El Toto e muitas outras no estado Venezuelano, os quais exigirão grandes operações militares e policiais das Forças Armadas Bolivarianas.

Ministério do Poder Popular para a Defesa Bolivariana, Reuters, Felipe Moretti

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Felipe Moretti
Felipe Moretti
Jornalista com foco em geopolítica e defesa sob registro 0093799/SP na Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia. Especialista em análises via media-streaming há mais de 6 anos, no qual é fundador e administrador do canal e site analítico Área Militar. Possui capacidade técnica para a colaboração e análises em assuntos que envolvam os meios de preservação e manutenção da vida humana, em cenários de paz ou conflito.
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