O Kremlin disse Quinta-feira que ainda estava aberto a negociações com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, apesar das dúvidas de Moscovo sobre a sua legitimidade como líder.
“A Rússia está geralmente aberta ao processo de negociação, mas primeiro precisamos de perceber se o lado ucraniano está pronto”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos jornalistas.
“De um ponto de vista prático, estamos abertos a alcançar os nossos objectivos através de negociações”, acrescentou Peskov, referindo-se às exigências do Kremlin para que a Ucrânia desista de quatro regiões parcialmente ocupadas por tropas russas e abandone as suas ambições de aderir à NATO.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse na quarta-feira, durante uma visita à China, que Kiev estava preparada para negociar com Moscou quando demonstrasse “boa fé”.
“[Kuleba] enfatizou que atualmente não existe tal prontidão do lado russo”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia em comunicado.
Peskov também levantou na quinta-feira o que descreveu como o “problema jurídico” do mandato presidencial de Zelensky, que expirou após cinco anos no cargo em maio deste ano. Zelensky e os aliados ocidentais da Ucrânia dizem que as regras políticas em tempos de paz não se aplicam em tempos de guerra.
“Além do problema geral com a legitimidade de Zelensky, há também um problema com a proibição legal real de quaisquer contactos e negociações com o lado russo”, disse Peskov, caracterizando o líder ucraniano como um fantoche dos EUA.
“Portanto, ainda há muito a ser esclarecido aqui”, acrescentou o porta-voz do Kremlin, deixando no ar as perspectivas de conversações russo-ucranianas em meio aos esforços internacionais para alcançar um cessar-fogo negociado.
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