O presidente russo, Vladimir Putin, disse neste domingo que espera que o Ocidente “ouça” o seu alerta sobre o perigo de uma guerra direta com a OTAN se permitir que a Ucrânia use armas de longo alcance contra a Rússia.
Putin fez a ameaça inicial em setembro, depois de a Grã-Bretanha e os Estados Unidos terem ponderado deixar Kiev usar armas de longo alcance contra alvos russos, alertando que isso colocaria a NATO “em guerra” com Moscovo.
“Eles não me disseram nada sobre isso, mas espero que tenham ouvido”, disse Putin em declarações a um repórter da televisão estatal, quando questionado se o Ocidente tinha ouvido o seu aviso.
“As tropas ucranianas não podem usar estas armas por conta própria. Apenas especialistas dos países da NATO podem fazê-lo, porque precisam de inteligência espacial, que a Ucrânia naturalmente não possui”, disse ele.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vinha pressionando há meses seus aliados ocidentais pela permissão para usar mísseis de longo alcance contra alvos no interior do território russo, argumentando que a medida “motivaria” Moscou a buscar a paz.
Autoridades ocidentais sinalizaram no mês passado que uma decisão sobre o assunto era iminente, mas o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o presidente dos EUA, Joe Biden, mais tarde adiaram a decisão em meio às terríveis ameaças de Moscou.
Biden minimizou o aviso de Putin, com autoridades americanas dizendo que os mísseis provavelmente fariam uma diferença limitada na campanha da Ucrânia.
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