Volodymyr Zelenskyy falou mais do que deveria sobre a China no G7, isso incomodou a Casa Branca

A Suíça e a Ucrânia tinham grandes esperanças de que Pequim, um aliado fundamental de Moscou, estivesse presente quando, nos dias 15 e 16 de Junho, cerca de 100 estados e organizações se reuniram no resort de Bürgenstock, com vista para o Lago Lucerna, para encontrar um possível enquadramento para a paz na Ucrânia.

A China desempenhou um “papel na fase inicial de planejamento”. Em Março, o embaixador chinês em Berna, Wang Shihting, disse que o seu país estava considerar participar da Cúpula da Paz. Ainda na semana passada o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia viajou para Pequim numa última tentativa de atraí-lo para a mesa de negociações, sem resultados.

A ausência chinesa foi sentida. Mas um fato chamou a atenção não na conferência sueca, mas no G7 ocorrido na Itália. A pergunta nem sequer foi dirigida ao presidente Joe Biden, mas a sua determinação em obter uma resposta criou um momento revelador sobre a guerra na Ucrânia, a máquina de guerra do presidente russo Vladimir Putin e o aprofundamento das tensões dos EUA com a China.

O presidente ucraniano foi questionado numa conferência de imprensa do G7, ocorrido na Itália, na semana passada, sobre se a China estava vendendo armas à Rússia para sua utilização na guerra. Biden, que estava ao lado dele, esperou que Zelensky dissesse que o presidente Xi Jinping lhe disse que não o faria, antes de fazer um discurso de despedida e encerrar o evento.

“A propósito, a China não fornece armas, mas sim a capacidade de produzir essas armas e a tecnologia disponível para fazê-las. Então, está, de fato, ajudando a Rússia”.

O comentário pareceu sinalizar um tom endurecido em relação a Pequim, após meses de advertências dos EUA de que não deveria ajudar os seus amigos em Moscovo durante a guerra. O secretário da OTAN, Jens Stoltenberg, reforçou a nova linha dura durante uma visita a Washington na segunda-feira, que incluiu negociações no Salão Oval com Biden.


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