Tudo Sobre O Atentado Contra O Presidente Ivan Duque

Cúcuta, extremo norte da Colômbia, região sensível de fronteira com a instável Venezuela e que abriga impressionantes e pouco conhecidas fazendas de alta produção de coca do país, sendo atração aos olhos de grandes cartéis mexicanos que realizam transações de dezenas de toneladas de pasta base de Cúcuta e norte de Santander, utilizando a vizinha Venezuela e o baixo sobrevoo de aeronaves Papa Tango como corredor de escoamento até o Caribe.

Pela importância da região no cenário ilícito internacional, o governo federal colombiano e a Administração de Fiscalização de Drogas Americana (DEA) investem pesadas operações nos arredores e nas sedes e propriedades dos grandes fazendeiros e cartéis, tornando a região instável e dominada por facções.

Tarde de Sexta-feira, 25 de junho, um helicóptero Black Hawk sob missão de transporte do comandante em chefe das Forças Armadas Colombianas, o Presidente Ivan Duque, deslocava-se com sua comitiva composta pelo Ministro da Defesa, Diego Molano, o Ministro do Interior, Daniel Palacio, e o governador do Norte de Santander, Silvano Serrano, quando fora atacado por rajadas de fuzis de pontos específicos de uma região conhecida como Bairro de Camilo Daza, segundo uma fonte, após voltar de Sardinata, no Catatumbo Colombiano.

Ainda de acordo com o relato da fonte, no interior da aeronave, os disparos foram sentidos e ecoados como algo raspando uma superfície abafada, por sorte, o Black Hawk cumpriu sua função de blindagem e protegeu os integrantes, bem como os dispositivos vitais da aeronave, prosseguindo assim ao pouso no aeroporto de Cúcuta sem deixar ninguém ferido.

Não é incomum ocorrer conflitos pesados na região, porém, o alvo dos criminosos foi nada mais que o presidente da nação, talvez quando a notícia caiu nos ouvidos dos envolvidos em terra sobre quem de fato o helicóptero estava servindo, o grupo criminoso sentiu um breve arrependimento, pois sabia que algo de muito ruim estaria por vir.

Após sofrer os longos disparos durante a aproximação da comitiva escoltada por outras aeronaves, o Black Hawk mudou bruscamente sua trajetória para desvencilhar dos ataques e pousa com extrema urgência no aeroporto de Cúcuta.

Logo após o pouso, o presidente Ivan Duque recebeu um bloqueio de agentes com mantas blindadas balísticas e foi à público descrever o ataque terrorista como um “ataque covarde”. Segundo Duque, “como governo, não vamos perder o ânimo na luta contra o narcotráfico, o terrorismo e as organizações do crime organizado que atuam no país […] eles não vão nos intimidar com violência ou atos de terrorismo”.

Apesar das autoridades do alto escalão das Forças Colombianas não indicar um grupo responsável pelo ataque, a inteligência identificou o Bairro de Camilo Daza e áreas adjacentes como origens dos disparos e, de imediato, Duque deliberou uma Operação de cercamento pela região contra guerrilheiros e grupos organizados que lideram o mercado de ilícito em Cúcuta, e pelas próprias palavras do Presidente, uma Carta Branca foi autorizada para trazer os responsáveis diretos pelos ataques.

Algumas fontes na região exclamam que equipes de FOPESP estavam atuando ininterruptamente na noite de sexta-feira para madrugada do sábado, 26 de junho, na caça dos guerrilheiros, e atuaram em duas frentes, na região de Camilo Daza e no Bairro de La Conquista, sendo apreendidos um AK-47 e um 7-62 com marcas características das Forças Armadas da Venezuela, além de dezenas de carregadores de fuzil FAL e AK-47.

Não é de hoje que um Executivo sofre atentados de mesma natureza na Colômbia. Na década de 80, auge dos cartéis de drogas, como o de Medellín, diversas incursões guerrilheiras foram cumpridas contra entidades públicas, centenas de civis e políticos foram ceifados sem precedentes.

Vale salientar que em Cúcuta, na semana passada, houve um ataque cruel com um carro-bomba contra a 30ª Brigada do Exército Colombiano que deixou 36 militares e civis feridos, os relatórios das autoridades apontam o envolvimento do Exército de Libertação Nacional (ELN) em conjunto com outra possível organização criminosa de nível local que buscam também atingir os EUA, já que a 30ª Brigada, segundo informes, conta com a presença de uma unidade militar americana não identificada.

O governo colombiano soltou uma nota especial oferecendo uma recompensa de $ 3 bilhões de pesos colombianos, ao em torno de R$ 4 milhões, por informações fidedignas que direcionam aos responsáveis pelo ataque. A recompensa ofertada mais a Carta Branca do Presidente Duque vão estreitar o cerco contra os envolvidos que se encontram cada vez mais encurralados.

Momento exato do atentado terrorista contra o Presidente Ivan Duque:

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