A Coreia do Sul disse nesta quinta-feira (20) que analisará a possibilidade de fornecer armas à Ucrânia, informou a Yonhap News citando uma autoridade depois que os líderes da Coreia do Norte e da Rússia assinaram um pacto prometendo defesa mútua em caso de guerra.
Num comunicado oficial divulgado na quinta-feira, Seul também condenou o abrangente acordo de parceria estratégica assinado pelos líderes da Coreia do Norte e da Rússia na quarta-feira (19) em Pyongyang, dizendo que viola as sanções das Nações Unidas.
“O governo enfatiza claramente que qualquer cooperação que ajude direta ou indiretamente a Coreia do Norte a aumentar o seu poder militar é uma violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e está sujeita a monitorização e sanções por parte da comunidade internacional”, afirmou o gabinete presidencial num comunicado, acrescentando que tal violação pioraria as relações de Seul com Moscou.
A Coreia do Norte e a Rússia reavivaram um acordo feito durante a era da Guerra Fria, quando os seus líderes se reuniram em Pyongyang esta semana, e concordaram em fornecer assistência militar caso sejam atacados.
Tanto Kim como Putin descreveram o seu acordo como uma grande atualização das relações bilaterais, abrangendo segurança, comércio, investimento, laços culturais e humanitários. Observadores externos disseram que isso poderia marcar a ligação mais forte entre Moscou e Pyongyang desde o fim da Guerra Fria.
A KCNA disse que o Artigo 4 do acordo afirma que se um dos países for invadido e for empurrado para um estado de guerra, o outro deve mobilizar “todos os meios à sua disposição sem demora” para fornecer “assistência militar e outra”. Mas também afirma que tais acções devem estar em conformidade com as leis de ambos os países e com o artigo 51.º da Carta das Nações Unidas, que reconhece o direito de um Estado-membro da ONU à autodefesa.
Com informações complementares de Reuters e ABC News
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