Genebra está preparada para o grande encontro de líderes nesta quarta-feira, 16 de junho, entre Joe Biden e Vladimir Putin, as duas cabeças potências do mundo que terão muitas questões a serem colocadas na mesa, principalmente sobre a última fala do presidente americano que acusou seu homólogo russo de assassino.
Agora, Biden terá a oportunidade de acusar Putin olho a olho para falar o que quiser.
Não é disso que o mundo espera, pois se sabe da insanidade, covardia e desejos do americano, e sim negociações nos setores econômicos, políticos e militares.
O presidente russo voou para Genebra discretamente nesta quarta-feira antes de ser levado em uma carreata para a grande villa com vista para o Lago de Genebra, onde a cúpula está ocorrendo. Já Biden, que chegou à cidade na terça-feira, dirigiu-se à vila onde os dois líderes apertaram as mãos.
Segundo analistas na europa, o encontro deve ocorrer pautado nas seguintes questões: Os dois lados devem discutir a retirada de seus embaixadores, que voltaram para casa em meio ao aumento das tensões.
Os EUA expulsaram dezenas de diplomatas russos e fecharam dois complexos nos últimos anos, enquanto as missões dos americanos na Rússia devem ser proibidas de empregar moradores locais, o que significa cortes dramáticos nos serviços, incluindo vistos.
As autoridades também acreditam que pode haver um terreno comum sobre o controle de armas. Em fevereiro, os países prorrogaram seu tratado de controle de armas nucleares New Start. A Rússia quer que isso seja estendido ainda mais, para garantir a irreversibilidade de armas pelos americanos que agora estão instáveis com os Democratas no poder.
Espera-se também que Biden levante preocupações sobre os ataques cibernéticos recentes que os EUA vincularam a hackers sediados na Rússia, sem possuir provas concretas sobre o fato que Putin alegou ser evento político e difamatório para prejudicar uma Rússia independente das ideias americanas, isso também entrará no fator interferência russa nas eleições americanas de 2016 para cá.
Existem algumas questões diplomáticas e criminais a serem pautadas que o ocidente não expõe como crise de honra nas forças armadas americanas, os prisioneiros militares americanos na Rússia.
Prender militares americanos é sempre catastrófico, ainda mais quando dois fuzileiros navais são detidos por vandalismo, embriagues e outras acusações, e ninguém menciona isso.
Entretanto Putin está disposto a negociar a troca de prisioneiros, foi o que disse durante sua entrevista à NBC News.
Outro fator importante está na acusação da Europa de ser um governo mandante do envenenamento de diversos opositores ao Kremlin, incluindo o mais notável, Alexei Navalny, que o lado russo classificou o assunto como questão política interna, e não há qualquer ligação da intoxicação.
Para encerrar o turbulento encontro, Ucrânia e Síria serão as regiões tensas do debate, há grandes razões para Biden manter seu controle sobre os ucranianos e não estimular acordos entre o governo de Kiev com as Repúblicas separatistas, já que Ucrânia se comporta como quintal dos americanos para impor forças militares perto da Rússia.
A votação sobre a reautorização do corredor de ajuda da ONU por parte da Turquia à Síria mediante avanço no noroeste sírio será realizada pelo Conselho de Segurança, onde a Rússia, que apoia o presidente sírio Bashar Al-Assad, tem poder de veto, e não quer a interferência da Turquia e de nenhuma nação que vá contra os interesses de Bashar, um grande comprador de armas russas.
Com informações complementares Reuters, BBC, The Moscow Times, AP, Felipe Moretti via Redação Área Militar